Governo apura como 109 presos saíram de celas e tomaram galeria de cadeia recém-inaugurada em Porto Alegre
15/10/2025
(Foto: Reprodução) Nova cadeia pública é inaugurada em Porto Alegre
A Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário do RS investiga como 109 detentos saíram das celas sem autorização e ocuparam uma das galerias da Cadeia Pública de Porto Alegre. O fato ocorreu no dia 1º de outubro, menos de três semanas após a prisão ser inaugurada.
Os apenados permaneceram no corredor e se recusaram a retornar para as celas. De acordo com a Polícia Penal, eles fazem parte de uma organização criminosa e reivindicavam tomadas nas celas, direito a mais dias de visita e a mais cigarros.
"Após intervenção, todos retornaram de forma tranquila para as celas, e o ambiente foi controlado sem necessidade do uso da força. Não houve qualquer concessões aos presos", afirma a Polícia Penal.
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A Corregedoria já ouviu o depoimento de parte dos envolvidos, e o expediente deve ser concluído nos próximos dias.
Os policiais penais responsáveis pela supervisão da galeria onde ocorreu o tumulto permanecem nas suas funções.
A Cadeia Pública tem capacidade para 1,8 mil presos. Atualmente, o local conta com cerca de 1 mil apenados recolhidos. As celas são abertas por meio de uma passarela construída acima dos corredores das galerias.
Na data de inauguração do espaço, o governo destacou que o projeto "proporciona mais segurança ao sistema operacional, por viabilizar a circulação dos servidores penitenciários em passarela sobre o corredor das celas, com todo o controle de operação e abertura das portas de maneira isolada dos detentos".
Cadeia Pública de Porto Alegre, antigo Presídio Central, foi reinagurada nesta quarta-feira (10)
Duda Fortes/Agência RBS
Nota da Polícia Penal
"A Polícia Penal informa que o funcionamento da nova Cadeia Pública de Porto Alegre segue normalmente, com a ocupação gradual das suas galerias e com os procedimentos e protocolos previstos sendo adotados, primando pela segurança dos servidores e pela dignidade no cumprimento da pena.
Em relação ao episódio ocorrido em 1º de outubro, é importante esclarecer que não houve rebelião, fuga ou tomada de galeria. O fato é que, no começo da manhã daquele dia, durante a refeição, presos saíram das celas sem autorização e permaneceram no corredor da galeria, recusando-se a retornarem às celas. Após intervenção, todos retornaram de forma tranquila para as celas, e o ambiente foi controlado sem necessidade do uso da força. Não houve qualquer concessões aos presos. Estavam envolvidos 109 presos.
Cumpre informar que toda tentativa de subversão da ordem é repelida imediatamente, garantindo o efetivo controle do Estado no sistema prisional. Por fim, salientamos que todos os fatos ocorridos no sistema prisional são passíveis de apuração pela Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário.
Os policiais supervisores daquela galeria seguem nas suas funções, ninguém foi afastado.
O Estado tem aplicado um volume histórico de recursos no sistema prisional. De 2019 até o final deste governo, em 2026, o investimento ultrapassará R$ 1,4 bilhão, com a construção de novas penitenciárias, possibilitando a geração de mais de 12 mil vagas criadas e requalificadas, e a compra de equipamentos."
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