Como funcionava esquema de universitário suspeito de desviar mais de R$ 400 mil de estudantes no RS, segundo polícia

  • 18/09/2025
(Foto: Reprodução)
Hiago Michael Polese é considerado foragido após suspeita de desviar dinheiro de organização Reprodução/Redes sociais e Polícia Civil/Divulgação O ex-presidente da Associação dos Universitários de Nova Petrópolis (AUNP) Hiago Michael Polese, de 21 anos, teve prisão preventiva decretada por suspeita de participar de um esquema de desvio de recursos da instituição, mantida por valores pagos por estudantes. Ele está foragido. A entidade é responsável por administrar uma parceria público-privada com a Prefeitura de Nova Petrópolis, Serra do RS, para subsidiar o transporte de estudantes universitários. Segundo as investigações da Polícia Civil, o esquema teria causado um prejuízo superior a R$ 430 mil, valor que ainda está sendo apurado. A operação policial que apura o caso, batizada de “Rota Desviada”, foi deflagrada na quinta-feira passada (11), mesmo dia do decreto da prisão. O g1 não localizou a defesa de Polese para comentar o assunto até a publicação desta reportagem. A prefeitura de Nova Petrópolis, por meio de nota, disse que "não há indícios de subtração ou desvio do recurso público, que até aqui foi efetivamente aplicado na consecução do objetivo da parceria", mas que "a situação segue se desenrolando, enquanto os repasses encontram-se suspensos até a regularização, por parte da entidade" (leia a nota, na íntegra, abaixo). Entenda abaixo como funcionava o esquema, segundo a polícia. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Modus operandi A fraude veio à tona após uma fiscalização de rotina realizada pelo gestor de parcerias da prefeitura, que identificou falhas na contabilidade da associação, como saldo inicial incompatível e ausência de depósitos referentes à contrapartida da entidade. De acordo com os dados apurados pela polícia, o desvio funcionava da seguinte maneira: O dinheiro envolvido no esquema vinha das mensalidades pagas pelos estudantes associados à AUNP; Os valores eram inicialmente depositados na conta de arrecadação da associação; Antes que os recursos fossem transferidos para a conta específica da parceria público-privada, que é monitorada pelo poder público, os valores eram desviados; O montante era sistematicamente redirecionado para fins não autorizados, sem passar pelo controle previsto na parceria com a Prefeitura. A ação cumpriu sete mandados de busca e apreensão em quatro cidades: Nova Petrópolis e Linha Nova, no Rio Grande do Sul, e Maringá e Flórida, no Paraná. Além disso, conforme a polícia, há suspeitas de superfaturamento nos boletos cobrados dos estudantes, com valores inflacionados artificialmente para gerar excedentes ilícitos. Outro ponto investigado é a possível simulação de despesas operacionais, justificadas por documentos fiscais inconsistentes, com o objetivo de encobrir saídas de caixa não autorizadas. O esquema comprometeu diretamente o orçamento dos estudantes e agravou a situação financeira da associação, que acumulou dívidas com fornecedores. Embora os desvios não tenham atingido diretamente os repasses municipais, a manipulação dos custos totais do transporte afetou a base de cálculo da subvenção pública, o que também está sendo analisado pela polícia. Foragido Durante a operação, foram apreendidos documentos da AUNP e equipamentos eletrônicos em endereços ligados ao investigado e à sua empresa de marketing digital. No entanto, Hiago Polese não foi localizado. De acordo com a apuração policial, ele teria deixado um dos locais investigados na véspera da ação. Há também indícios de que provas foram destruídas, o que reforçou o pedido de prisão preventiva, já autorizado pelo Poder Judiciário e registrado no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). A liminar de habeas corpus solicitada foi negada. Informações sobre a localização do foragido podem ser repassadas de forma anônima pelo Disque-Denúncia 181 ou pelo WhatsApp funcional da delegacia: (54) 98122-6666. O que diz a prefeitura "Importante mencionar que graças ao agir zeloso e criterioso da fiscalização do Município na Parceria entre o Poder Público e a AUNP que o aparente engodo foi descoberto e levado ao conhecimento das autoridades competentes. Além disso, não há indícios de subtração ou desvio do recurso público, que até aqui foi efetivamente aplicado na consecução do objetivo da parceria. Reforçamos que o Município tem agido através de subsequentes notificações, recebendo retorno da AUNP no sentido de que busca se reestruturar e honrar com a execução integral do objeto da parceria voluntária. A situação segue se desenrolando, enquanto os repasses encontram-se suspensos até a regularização, por parte da entidade". Quais as diferenças entre a prisão temporária e a preventiva? VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/09/18/como-funcionava-esquema-de-universitario-suspeito-de-desviar-mais-de-r-400-mil-de-estudantes-no-rs-segundo-policia.ghtml


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